Eu sou Anna. Anna Elizandra. Nordestina do interior do Maranhão, da pequena cidade Santa (Luzia). Tive uma infância e uma adolescência cheias de pedras. Muitas vezes, apareceram-me pela estrada, barreiras quase intransponíveis. Digo “quase”, porque consegui superá-las ou contorná-las, de certa forma. Mas, muitas vezes, pensei em desistir, em estacionar, em morrer, sucumbir de vez. Deixei muitas pedras me enterrarem, mas (mesmo sabendo-me ousada na comparação), penso que assim como Cora, consegui remover as pedras, juntá-las, construir degraus e para o alto fui subindo. Ainda no meio das pedras, fui plantando meus versos/flores. E Isto só foi possível, porque neste percurso, algumas pessoas me ajudaram a carregar as pedras, a plantar poesia e a construir o que sou. E hoje, se alguém me perguntar:
_ O que tu és?
Respondo apenas:
_ Sou toda GRATIDÃO!