Chega do amor platônico!
Quero viver o gregoriano
me sentir brasa, atônito
longe do amor puritano.

Quero teu corpo ofegante
colado no meu, excitante!
Ser tu e eu uma confusão
de pernas de suor e mãos

Nada de idílico ou de ideal
quero mais que tu trêmula
produza em mim vendaval

O profano quero viver do amor
sem solidão nem dor de poeta
apenas um embaraço sem pudor.