Decidimos subi o Rio ZutÍua e até nos embrenhar pela mata Pré-Amazônica em busca de emoção. Assim, numa manhã do período chuvoso , eu, Nicholas, Sebastião e Giordano, guiados pelo nosso amigo Roberto, pegamos a voadeira no Igarapé Apuá e iniciamos a aventura.
Uma aventura que valeu a pena pelo que sentimos. Foram mais de duas horas de passeio, em uma manhã parcialmente nublada, não tínhamos a intenção de pescar, queríamos apenas contemplar a Natureza, ver alguns bichos que ainda resistem por ali, alguns pássaros, frutas silvestres e algo mais que nos poderia ser ofertado por esta mãe gentil.
         Andar por um rio de canoa é uma experiência interessante. Nessa época, era fevereiro, as águas sobem muito, de modo que só as copas das árvores tornam-se visíveis  e, em alguns lugares, para que possamos passar é necessário que nos deitemos na canoa. Enquanto esta vai passando entre as árvores, se desviando dos galhos, a sensação é de está passeando em uma floresta líquida. O mais lindo é que as águas do Zitíua são densas, fechadas, o que faz com que as imagens reflitam como em um espelho e a sensação é de estarmos em duas florestas, uma em cima e outra embaixo. É um delírio!
Pelo caminho, apareceram preguiças tão lentas e lindas nos galhos, pássaros azuis ( eu nunca os tinha visto), e peixes atreveram-se em suas acrobacias. Paramos um pouco e adentramos a mata, encontramos bacaba (uma fruta deliciosa da mesma família do açaí) e outras desconhecidas, uma linda borboleta pousou perto de nós...
Um simples passeio desse, nos leva quase a loucura  diante de uma natureza delirante. É um realismo fantástico - um misto de fantasia e realidade.
          Voltamos do passeio revigorados, emocionados, felizes e mais comprometidos com as causas ambientais. Sugerimos que as pessoas cuidem mais da Natureza e a contemplem!
          Recomendo o passeio!