A ideia não é alguém ser mais ou ser menos que ninguém, mas que haja uma interação importante em prol da divulgação e ampliação da literatura contemporânea, sobretudo, a poesia produzida fora dos grandes centros, a poesia produzida por poetas negros, mulheres, LGBTQIA+, populações minoritárias, com dicção poética própria.

Pois, quando várias vozes se unem, a mensagem da poesia contemporânea ganha mais força e alcance. A colaboração pode alcançar públicos mais amplos e ajudar a criar conscientização sobre questões relevantes.

Ainda, a troca de ideias e técnicas entre poetas pode inspirar a inovação na poesia. Novas abordagens poéticas podem surgir quando diferentes perspectivas se entrelaçam.

E não se pode ignorar que poetas mais experientes muitas vezes atuam como mentores para poetas iniciantes. O intercâmbio de conhecimento e de experiência ajuda no desenvolvimento de novos talentos e na continuidade da tradição poética.

Assim, o espaço coletivo torna-se lugar de enunciação, em que os/as poetas articulam suas vozes com um sem número de pessoas que são silenciadas, minoradas e/ou estereotipadas – é, portanto um território de revolução – constituindo-se uma rasura no tecido da literatura hegemônica.